Análise da adaptação: Death Note

07:17

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Oi,gente! Como vocês sabem,a Netflix lançou sexta-feira passada (dia 25/08) a adaptação do anime japonês Death Note,e como eu assisti o anime (considerado um dos melhores do mundo) resolvi fazer uma análise geral do que eu achei da versão da Netflix.
tem spoilers

Sinopse: A história centra-se em Light Yagami, um estudante do ensino médio que descobre um caderno sobrenatural chamado "Death Note", no qual pode matar pessoas se os nomes forem escritos nele enquanto o portador visualizar mentalmente o rosto de alguém que quer assassinar.A partir daí Light tenta eliminar todos os criminosos e criar um mundo onde não exista o mal, mas seus planos são contrariados por L, um famoso detetive particular.

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(da esquerda para a direita: L,Light/Kira,Ryuk)

Para começar,o filme não captou todos os detalhes do anime e muito menos as personalidades das personagens.O protagonista Light foi criado como sendo fraco,infantil e sem habilidade para usar o Death Note,coisa que difere muito da versão original,onde o próprio dono do caderno (o Shinigami Ryuk) admite ser o humano que o melhor utilizou afim de um objetivo.
Além disso, a participação da Mia (Misa) na história é forçada e ela é colocada como sendo uma das pessoas que querem tirar o Death Note das mãos de Light,o que é totalmente o oposto do anime,já que no mesmo ela age apenas para ajudar Light em nome do amor que sente por ele.
Light é descuidado e fala sobre o caderno em lugares cheios de gente,mata por uma vingança pessoal,sem pensar muito nas consequências,gerando até mesmo escândalos públicos,coisa que jamais aconteceria com os planos perfeitos do Kira do anime.
Fora esses tópicos,o personagem L foi o que mais chegou perto do original,mas ainda muito diferente: ele é esperto porém se mostra irritado,sentimental e impulsivo,o que NUNCA foi visto no anime.
Ryuk apenas observa os passos de Kira e não interfere no andamento da história,mas no filme,o próprio chega a escrever no caderno e acusar Light de não saber usá-lo,além da cena em que ambos se encontram,completamente diferente do anime.

Encontro de Light e Ryuk no anime/filme:


Não julgando a atuação de nenhum dos atores envolvidos,achei o filme fraco quando comparado a um anime desse porte.Apesar disso,quem não viu o anime e analisa o filme isoladamente,percebe que é engraçado e contextualizado.
Espero que tenham gostado!
Fala aqui embaixo o que você achou da adaptação =)

Filmes da Disney e o contexto histórico,político e social / Mulan

08:00


   Oi gente! Como prometido,continuo com o contexto por trás da animação de filmes da Disney. O de hoje é Mulan,um dos filmes de princesa mais repleto de ensinamentos e quebra de conceitos.

Mulan

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O filme se passa na China e relata a história de Mulan,uma garota pronta para exercer sua função de "boa esposa" e honrar sua família,o que era a tradição chinesa para as mulheres. Mas Mulan não       demonstra nenhuma habilidade para se tornar uma donzela,o que deixa todos (inclusive seus pais e   ela mesma) desapontados.
Ao mesmo tempo a pátria chinesa se prepara para conter a invasão do Império Huno na China,e recruta um homem de cada família para servir na guerra. O pai de Mulan,mesmo muito doente, foi chamado e,com medo de perder seu pai,ela se rebela e faz as mudanças necessárias para ir no seu lugar. Vestida com a armadura do pai e mudando seus trejeitos,Mulan consegue entrar no exército chinês com o nome de Ping.
Lá ela tem dificuldade em fazer amizades e se acostumar com o ritmo dos treinamentos pesados. Além disso,o capitão do exército Li Shang, chama sua atenção. Crescendo na aprendizagem,Mulan consegue ajudar sua equipe algumas vezes até que se machuca e acabam descobrindo que ela na verdade é uma mulher.
A invasão huno avança ainda mais e mesmo banida,ela volta para a capital chinesa e ajuda os outros homens a vencerem a guerra.

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A história é baseada na lenda chinesa de Hua Mulan,uma garota que se juntou ao exército para defender seu país de invasões. Lenda vinda do poema A Balada de Mulan,não é possível saber se foi ou não feita a partir de uma história real. Mas a animação da Disney a retratou com o objetivo de inspirar as meninas a crescerem acreditando na igualdade de gênero. Na China do século VII não era permitido que as mulheres tivessem qualquer participação política e principalmente no exército,sendo apenas homens que se tornavam guerreiros. Mulan chega para quebrar esse paradigma e fortalecer a imagem feminina.

O que aprender com Mulan?

O principal ensinamento que Mulan nos deixa é a de nos impormos diante de nossos ideais e não deixar que nos definam pelo gênero ou personalidade. Cada um é dono de suas escolhas e devemos respeitar cada uma delas. Além disso,ela nos ensina conceitos importantíssimos sobre o machismo existente desde séculos passados até o século atual,mostrando que pouca coisa mudou e ainda há muito a se fazer.

Música principal do filme: Você vai nos honrar
Carregada de estereótipos,a música mostra a tradição chinesa para as moças que querem se casar e o preparo delas para que não aja nada fora da ordem e elas tragam a tão esperada honra à família. Mulan claramente está deslocada das demais moças e demonstra não se encaixar nesses padrões.



Mais uma vez, a Disney proporciona filmes repletos de contexto e carregados de crítica social. 
Espero que tenham gostado!
beeijos

Tag: Livros que me inspiraram a ser alguém melhor

07:35

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Sinopse: Cartas mais íntimas que um diário, estranhamente únicas, hilárias e devastadoras - são apenas através delas que Charlie compartilha todo o seu mundinho com o leitor. Enveredando pelo universo dos primeiros encontros, dramas familiares, novos amigos, sexo, drogas e daquela música perfeita que nos faz sentir infinito, o roteirista Stephen Chbosky lança luz sobre o amadurecimento no ambiente da escola, um local por vezes opressor e sinônimo de ameaça. Uma leitura que deixa visível os problemas e crises próprios da juventude. (minha resenha)

Com certeza um dos livros mais fortes que já li,As vantagens de ser invisível aborda temas pesados mas consegue equilibrar com um grande ensinamento durante todo o livro: você não está sozinho. Charlie não estava,e pedir ajuda a alguém não causa mal algum. Assim que acabei a leitura,percebi o quanto me preocupava com problemas insignificantes e o quanto Charlie havia me inspirado a enfrentar tudo,mas nunca sozinho. É um dos livros mais incríveis que existem.



Sinopse: Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras - e está cansado de sua vidinha segura e sem graça em casa. Vai para uma nova escola à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o 'Grande Talvez'. Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young. Inteligente, engraçada, problemática e extremamente sensual, Alasca levará Miles para o seu labirinto e o catapultará em direção ao Grande Talvez. (minha resenha)

Esse livro foi um dos que mais mexeu comigo. Foi o primeiro livro do John Green que eu li, e ele é tão apaixonante mas ao mesmo tempo tão triste,como se cada página tivesse um propósito: fazer você chorar ou te dar um soco. Com certeza me inspirou muito a partir do momento que o terminei. Alasca era uma garota complicada e cheia de problemas que na verdade estava pedindo por ajuda. Esse livro me ensinou a não julgar alguém sem saber sua história,e muito menos deixar pra amanhã o que você pode falar pra alguém hoje,já que esse alguém pode não estar lá mais.



Sinopse: Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele 'lugar ruim', Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um 'tempo separados'. Tentando recompor o quebra-cabeça de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com o pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes de sua internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida. (minha resenha)

Ah,esse com certeza é um dos livros mais complicados que eu já li. Ele é fascinante mas ao mesmo tempo muito difícil de entender. A relação entre Pat e Tiffany tem altos e baixos durante todo o livro,e fica se torna muito complexo de entender totalmente. Mas o final cobre todas as expectativas. Se tratando de pessoas que passaram por traumas anteriormente,esse livro me ensinou o quanto nós nos julgamos o tempo inteiro. Sempre nos culpamos por tudo que dá errado em nossas vidas,e assim como Pat, não percebemos que temos um longo futuro com outras pessoas e oportunidades pela frente. O ensinamento não é simples mas sim importantíssimo: nem sempre a culpa é sua e tudo passa.



Sinopse: Em "A culpa é das estrelas", Hazel é uma paciente terminal de 16 anos que tem câncer       desde os 13. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que     lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas. (minha resenha)

Deixei a melhor parte para o final. Esse foi o livro que mais me inspirou a ser alguém melhor,pelo simples fato de saber que em todos os lugares tem alguém que está lutando pela sua vida. E que nós precisamos ter o mínimo de compaixão para reconhecer que todas as nossas preocupações supérfluas nada valem diante disso. Precisamos entender que nunca é tarde para amar ou para viver uma vida incrível. E principalmente aprender que ninguém é igual a ninguém e que somos todos importantes da melhor forma possível. Esse livro foi o primeiro que me fez chorar lendo,não só pela história  triste (apenas uma parte dela) mas também pelo ensinamento que ele me trouxe, e todas as palavras  fortes e lindas de John Green.

No final,o importante mesmo é ser feliz com tudo o que temos e somos. Portanto,seja feliz hoje!
beeijos